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O laboratório Ciência 3D Impressa (C3DI) do IMEF é coordenado pelos professores Everaldo Arashiro, João Prolo, Aline Dytz e Matheus Lazo, e envolve alunos de graduação e pós-graduação de diversos cursos da FURG. O C3DI emprega as tecnologias de prototipagem  na criação e desenvolvimento de forma mais personalizada, rápida e com menor custo de peças e equipamentos personalizados para os mais variados fins, de científicos à educacionais. 

E nesse período de enfrentamento ao avanço do Covid-19, o laboratório Ciência 3D Impressa (C3DI) foi convidado a integrar o ITecCorana, um comitê voltado para prototipar, produzir e auxiliar na manutenção e adaptação de equipamentos hospitalares e EPIs.

O grupo do iTecCorona reúne integrantes do Centro de Ciências Computacionais (C3), Escola de Engenharia (EE), Instituto de Matemática, Estatística e Física (IMEF), Parque Tecnológico – Oceantec, Incubadora de Empresas de Base Tecnológica - Inovattio, e os institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) e Sul-rio-grandense (IFSul) e a comunidade em geral.

O Ciência 3D Impressa e seus membros vem auxiliando na:

Confecção de Face Shields

Em função da pandemia tem-se uma demanda muito grande por equipamentos de segurança. Tem surgido na internet uma gama de projetos opensource, com diversos modelos de máscaras e escudos faciais. 

A máscara protetor facial Face Shield é um equipamento de proteção individual reutilizável que visa proteger o rosto inteiro do usuário. Evita o contato com gotículas, salivas e fluídos nasais que possam atingir o rosto, o nariz, a boca e os olhos. 

Inicialmente foram testados uma variedade de modelos, e com a ajuda de profissionais da saúde do HU-FURG, foi escolhido um modelo para produção em massa. Essas máscaras face shield/escudos faciais podem ser usadas não só por profissionais da saúde, mas também por pessoas que atendam o público em geral.

Os escudos faciais já foram distribuídos para o HU-FURG, a Santa Casa de Rio Grande, Hospital Municipal de São José do Norte, Polícia Civil, com muitas outras em produção para distribuição nos próximos dias. 

O equipamento passou por diversas versões, sendo constantemente revisado para melhorar a ergonomia, diminuir os custos, facilitar a impressão e adequar-se aos requisitos da resolução RDC Nº 356, de 23 de março de 2020 – Ministério da Saúde / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 

As bases das máscaras são impressas usando filamento PLA (poliácido láctico), um material biodegradável. As lâminas são cortadas na medida adequada (24x30cm com 0.6mm de espessura) através de corte à laser computadorizado. O material das lâminas transparentes é acetato de celulose/PVC ou PET), e também, é lavável, higienizável, o que é o primeiro requisito na confecção de EPIs para esse tipo de situação.

Confecção do protótipo de um AMBU (Artificial Manual Breathing Unit) automatizado

A maior preocupação dos profissionais da saúde no momento é que não haja respiradores automáticos suficientes nos hospitais dado o número de pacientes esperados nos próximos meses. Assim, a alternativa desses profissionais da saúde será o uso de respiradores manuais, conhecidos como AMBU (Artificial Manual Breathing Unit). Esse aparelho é constituído por um balão, uma válvula unidirecional, válvula para reservatório, máscara facial e um reservatório. 

A automação do AMBU pode ajudar a liberar equipamentos/respiradores para tratamento de pacientes com COVID-19 e liberar pessoal técnico da tarefa de bombear o AMBU. Além disso, o equipamento que é utilizado no paciente já atende a especificações técnicas, pois é um equipamento já utilizado para tratamento, aumentando a chance de validação do projeto tendo em vista os requisitos técnicos.

Os insumos utilizados para a fabricação dos equipamentos são em parte da FURG, parte de doações diretas e parte de doações feitas pela internet através do site: 

http://vaka.me/958854

Informações adicionais do CI3D: https://www.instagram.com/ciencia3d/